1 de maio de 2010

McDonald’s e Haiti...


Será que pelo marketing, pela promoção de imagem vale tudo? Será que vale a pena explorar uma tragédia com segundas intenções? Lembram de quando a Red Bull foi duramente criticada por ter permitido que promotoras distrubuissem produto de graça para os bombeiros, no desabamento de uma estação de metrô de São Paulo em 2007? Pois é, parece que o McDonald’s fez o mesmo com o Haiti!
Uma respeitada revista publicou um artigo dizendo que “a companhia ignorou uma regra básica no universo da propaganda: nunca tente se aproveitar de uma crise para ganhar alguns pontos de audiência.

Fatalmente o efeito será contrário ao esperado.” Será que a Red Bull foi infeliz com a ação? Sim ou não, fato é que os bombeiros precisavam, sim, de ajuda pra continuar trabalhando nos escombros por horas sem parar. O problema está em ficar conhecida(o) por tentar explorar comercialmente a situação.

Dois anos se passaram e acabamos de ver uma tragédia ainda maior: o terremoto no Haiti. E estamos sendo impactados por várias ações marketeiras de ajuda comunitária. O McDonald’s, por exemplo, anunciou que doaria 0,50 centavos para o Haiti pra cada Big Mac vendido durante uma semana. A ação teve ampla divulgação na internet e acabou levantando US$500 mil pela causa (valor que não fará grandes diferenças no cofre da empresa), além de uma também ampla divulgação da “boa ação” da empresa.

Será que o McDonald’s também não tentou se aproveitar da tragédia? Afinal, porque não doar um valor independente das vendas? Porque investir tanto na divulgação de uma doação que não foi tão grande?

E aí, vale tudo pelo marketing?

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